29 Então os discípulos de Jesus disseram: “Agora estás falando claramente, e não por figuras.
30 Agora podemos perceber que sabes todas as coisas e nem precisas que te façam perguntas. Por isso cremos que vieste de Deus”.
31 Respondeu Jesus: “Agora vocês creem?
32 Aproxima-se a hora, e já chegou, quando vocês serão espalhados cada um para a sua casa. Vocês me deixarão sozinho. Mas eu não estou sozinho, pois meu Pai está comigo.
33 “Eu disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo”.
Nesta passagem, os discípulos finalmente sentem que compreendem Jesus. Suas palavras, antes veladas em parábolas e figuras, agora parecem diretas e claras. Eles reconhecem a onisciência de Cristo e professam sua fé na sua origem divina: “Agora podemos perceber que sabes todas as coisas… Por isso cremos que vieste de Deus”. Essa clareza recém-descoberta traz um momento de aparente segurança e entendimento para eles, um alívio após um período de incertezas e questionamentos sobre os ensinamentos do Mestre.
Jesus, no entanto, conhece a fragilidade dessa fé recém-declarada. Sua resposta, “Agora vocês creem?”, carrega um tom de advertência. Ele antecipa a provação iminente, a hora em que a fé deles seria testada ao extremo. A dispersão e o abandono que Ele sofreria mostrariam a superficialidade da confiança deles naquele momento. A fé verdadeira não se baseia apenas na clareza intelectual, mas na perseverança e confiança mesmo quando a compreensão falha e o medo se instala.
Apesar da previsão sombria da dispersão, Jesus oferece uma promessa consoladora: “Eu disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz”. Ele não promete ausência de dificuldades. Pelo contrário, afirma realisticamente: “Neste mundo vocês terão aflições”. A paz que Cristo oferece não é a ausência de problemas, mas uma serenidade interior que subsiste mesmo em meio às tribulações, ancorada na presença e no poder Dele. É uma paz que transcende as circunstâncias externas.
A fonte dessa paz e a razão para o ânimo é a declaração final de Jesus: “Contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo”. Esta é a afirmação central da esperança cristã. A vitória de Cristo sobre o pecado, a morte e as forças do mal garante que, apesar das aflições enfrentadas pelos seus seguidores, o resultado final é certo. A Sua vitória é a nossa vitória. Essa certeza nos capacita a enfrentar as dificuldades não com desespero, mas com coragem e esperança, sabendo que Ele já triunfou.
Senhor Jesus, agradecemos pela clareza com que Te revelas a nós, mesmo quando nossa compreensão é limitada. Fortalece nossa fé para que ela não vacile diante das provações, mas se aprofunde na confiança em Ti. Concede-nos a Tua paz que excede todo entendimento, para que, mesmo em meio às aflições do mundo, possamos ter ânimo, lembrando sempre da Tua vitória definitiva. Que possamos viver na certeza de que, Contigo, também nós somos vencedores. Amém.
Fonte: https://liturgia.cancaonova.com/pb/
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